no natal, o meu presente eu quero que seja...

O título vem de um anúncio do "meu tempo" de menina e moça, que com certeza se devem lembrar... mas bem actual para a preparação do tempo em que vamos entrar... o presente é já bem moderno… no entanto, tão antigo como a necessidade Humana de afecto...

Eu passo a explicar:Hoje tive a notícia de que amanhã, dia 1 de Dezembro vai haver Free Hugs* em Lisboa e depois numa das minhas pesquisas do stumble, chegou esta imagem que vos dou em cima...

1 + 1 = 2... então,
nesta estação que entramos de festa, em que o principal motivo que nos une (ou deveria ser) é a família, de nascença ou escolhida (de quem sentimos mais especialmente a sua falta) e o AMOR que nos une a TODOS como seres humanos, nada melhor que deixarmos os "pobres" dos comerciantes tirarem umas fériazitas (também com as suas famílias) e corrermos para os braços das nossas...

O Natal... ‘Nas línguas latinas o vocábulo Natal deriva de Natividade, ou seja, referente ao nascimento de Jesus. Em inglês o termo utilizado é Christmas, literalmente "Missa de Cristo". Já na língua alemã, é Weihnachten (pronuncia-se vainarrten) e têm o significado "Noite Bendita". ‘
Então para quê tantos rodeios? porque não admitimos de uma vez por todas a razão que nos leva a festejar estes dias... os feriados, os dias sem trabalho, a festa, os pitéus, os preparativos, os presentes, tudo isto faz parte do que o homem tirou em seu proveito próprio deste dia, mas a RAZÃO PRINCIPAL deste dia, continua a ser ÚNICA, o nascimento de Jesus!

Hoje não vos vou falar do que sinto em relação à igreja (de que muitos têm vergonha - contra mim falo, tive e tenho as minhas dúvidas), nem sequer é isso que está em causa neste momento, mas fica um tema para outras reflexões, prometo ;)

Alicerces aparte,
Para mim, este nascimento, pode ser uma lembrança de que uma vez também fomos crianças (que o somos a vida toda, ai de nós!) e que é possível renascer em cada momento que passa, em cada ano, em cada sofrimento que nos enriquece, que nos transforma em melhores pessoas...

como uma árvore na natureza cresce revitalizada, a cada primavera, depois do Inverno (mesmo que rigoroso), também nós, depois de uma qualquer carência, podemos tornar-nos mais fortes.

Do que realmente precisamos é de carinho, de Seres Humanos à nossa volta, de amigos, irmãos, almas boas... mas também isto depende de nós!

sim, sinto que depende de nós…
da nossa falta de orgulho (humildade) e da nossa abertura à reconciliação...
da capacidade de nos renovarmos constantemente e não nos abstrairmos na corrente da pressa rotineira...
não nos abandonarmos à facilidade ou facilidades da nossa vida...
não nos deixarmos convencer pelo que parece mais imediato, fácil ou atingível…

temos de nos preparar para esses Invernos rigorosos…
se não tratarmos bem do nosso jardim, ele não revitaliza, o mais provável é não crescer e temos de começar de novo... (aí sim, custa), mas como diz um velho ditado Chinês, ‘não receie crescer devagar, só tenha medo de permanecer imóvel’, por isso continua a haver sempre esperança…

quero dizer, não faz mal se não abrimos os olhos antes, se não percebemos que não estávamos a crescer, mas se o realizarmos… então, mãos à obra, e continuar a crescer… mesmo que devagar!

A pergunta agora e o que queres dizer com ‘crescer’?

Crescer, como falo e sinto, significa transcender-se… tornar-se cada vez melhor, descobrir os próprios limites, não se envergonhar deles, reconhecê-los e explorá-los até ao fim… até não saber como fazer mais…

Crescer, para mim, torna-te pessoal, pessoa única e irrepetível… mais em Paz e com mais certezas (e mais dúvidas!!! - mas, que entretanto não te atormentam, dão apenas a fragilidade certa para que não te esqueças que és apenas um Ser Humano!) 'Só sei que nada sei'...

Crescer, é aceitar a Verdade (e se custa!!!)… a tua verdade interior, a verdade do que te rodeia, sem rodeios, sem escrúpulos, sem justificações… a verdade nua e crua! Por isso, penso, se diz ‘Aprender até morrer’ (mais um ditado)… aprender A Verdade!; e não só aprender o que o erudito tem a dizer, essa é bem mais fácil e não exige tanto esforço…

Bom… (como diria um bom amigo) estou a prolongar-me e ainda não disse o porquê deste ‘post’…
à e tal… abraçinhos… natal… e depois, à e tal vem com essa lenga longa… fala fala e depois na diz nada…

Com este rasgado do meu coração para o mundo (sim! Como se O MUNDO fosse ler este blog!!! Ah!) queria pedir para este natal, não a Paz para o mundo (também!), nem que a fome acabe (também!) ou que não exista mais pobreza (também!),…

mas gostava que cada um de nós (incluindo EU) consiga olhar com toda a franqueza para dentro de si e consiga reconciliar-se consigo próprio, reconhecer a sua verdade para encontrar a serenidade de que tanto o mundo precisa…

vamos esquecer os media, o comércio, a correria e obrigações sociais e futilidades a que nos puxa o marketing e tentar olhar e ver o que realmente é mais importante (que é invisível aos olhos), para ver se conseguimos dar um abraço que nos faça revolver as entranhas e nos traga um sorriso que nos toque o estômago…

Talvez se começarmos por aqui, depois seja mais fácil a PAZ!...
... e depois, talvez tudo o resto também venha... serenamente... com o seu tempo...

*preciso de brilhos é nos olhos das pessoas!!!!!!


*(para quem não sabe o que Free hugs é pode conhecer aqui ou aqui, peço desculpa pela meia informação pois não sei onde nem a que horas, quem saiba que me/nos faça o favor de esclarecer)